Gedtte

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domingo, 16 de maio de 2010

Raízes Perdidas

Raízes Perdidas



Saudades do ranger
Dos carros de bois ao amanhecer,
Das andorinhas em revoadas,
Do véu da noite, das madrugadas,
Infância inocente, com jeito comovente.
A luz da razão era a imaginação;
Quando a luz surgia no manto da mata deixava o clarão,
Poetas enamorados cantavam chorosos cheios de paixão;
Ao raiar do dia a vaca mugia e o galo cantava,
Despertando a alma com doce perfume a extasiar,
Não havia alarde nem mesmo no retumbar de uma tempestade
Lá no infinito gaivotas voando em seu gorjear,
Os peixes nadavam livres nas correntes,
Reproduziam-se sem que poluíssem as suas nascentes,
As matas copadas lá a passarada cantava contente,
O solo era farto, frutos excelentes com seus nutrientes.
Hoje tudo mudou e só a lembrança ficou;
Findou o silêncio do espaço entre o firmamento,
Rastros destrutivos do progresso em tudo ficou;
Poluição sonora fazendo apagar das mentes as nossas histórias,
O tempo vai passando e memórias do ontem em nada somaram.
Na busca por ganância o homem vai à ânsia,
Destrói o seu recanto, a grana é seu encanto;
Esquece de seu berço calmo dos belos instantes.
Alguns conservam a alma e semeando a calma,
Saboreando a arte retratam em si sua palma em raras ressalvas.

Goretti Albuquerque

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