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Não sou Mulher que se diga
ETA! Que “Dona Patroa!
Também o pior não diga,
Se eu não sou tão a “Boa,”
Chame-me de Atrevida
Um pouco de Pervertida,
Porém jamais fui atoa.
ll
Nunca fui de ganhar Temas,
Mais me visto de Poema
Sou meu próprio Diadema.
Chamem-me Pedra Noventa
Vou pra casa dos Sessenta
Meio a reverso e Dilema.
Enfim, sou meu próprio lema.
lll
Eu nasci bem desprovida
Dos atributos reais,
Era triste e inibida.
Com silhueta normal,
Ás vezes desengonçada
Em outras, um pouco ousada,
Mais sem trejeitos Fatais.
.
lV
Aos poucos fui me encarando
Aceitando-me como eu era...
Não era a Bela Encantada
Mais, eu vivia essa espera.
De um dia transformar-me
Na mais formosa Donzela
E ser de fato a Fera.
V
Abri porteira no “Mundo”
Por onde eu nem caberia,
Pisei abismo profundo
Submergi com “Valia”
Comi poeira da estrada
Atravessei invernada
Estampei-me de “Ousadia.
Vl
Só não Roubei nem Matei
Nem em vícios fui parar.
Lombo de Touro eu montei.
Pulei muro a me arrastar
Para poder escapar
Saltei por cima do Mar
Tentando me equilibrar.
Vll
Quem conhece a Face Dura
Do chão que pisa a Pobreza,
Colhe a “Provisão Madura
E trás no rosto a Beleza
Planta capim no asfalto
Produz seu grande roçado
Sem cansaço e sem Moleza.
Vlll
Porém quem não compreender
É que não viveu no Fio,
Da Navalha a entender,
Que na voz de um arredio
Existe um gritar latente
Não se tem vida decente
Com a barriga vazia.
lX
Senti dor e desalento
Sem poder da nem um Pio.
Assemelhei-me ao jumento,
Quando lhe falta alimento
Inclina pra baixo a crina
Faz seus passos, sua Sina
Relincha buscando alento.
X
Para encurtar essa estória,
Guarde-me em sua memória.
Sou filha da “Persistência”
Tenho irmãos com Sapiência
Doutor em Sabedoria,
Penso com muita Ousadia
Sou filha da "Valentia."
Goretti Albuquerque.
私の語学力は、貧しいです。
ResponderExcluirしかし、貴方の詩を素晴らしいと感じれます。
Já comentei mas não ficou gravado....vou repetir o que escrevi.
ResponderExcluirA Mulher com letra maiuscula, identificada neste poema, lembra-me a mulher nordestina, do seu combate permanente por uma vida com digna, em liberdade, cantada pelo saudoso nordestino, o grande LUIS GONZAGA e pela rainha do baião CARMELIA ALVES. Leembrei-me, tambem, dos escritos de JOSUÉ DE CASTRO e dos nordestinos romanceados por Jorge AMADO. Lembrei-me tambem do "CAVALEIRO DA ESPERANÇA.....Um abraço do tamanho do MUNDO.
um beijo amigo....
ARFER